A pose já denuncia o jeito boêmio de Renato Godá, que traz mais uma vez seu trabalho declaradamente influenciado por Serge Gainsbourg, Leonard Cohen e música cigana do leste europeu. O paulistano, que foi a Aposta da edição da Billboard de novembro, mostra hoje essa mistura de influências, no show de lançamento do disco Canções Para Embalar Marujos, no Studio SP.
Com 13 músicas, entre elas um cover de “Nasci Para Chorar”, versão de Erasmo Carlos gravada por Roberto Carlos, o álbum é o segundo de Godá e o primeiro disco cheio após o lançamento, em 2009, de um EP com oito faixas.
“Na verdade, o EP para mim é o ponto de partida. Quando gravei, era só um registro do repertório, das músicas que mais me interessavam. Fui para o estúdio e gravei sem compromisso. Com o EP encontrei uma linguagem que era a minha cara, a minha música, e veio a vontade de um disco cheio. Vejo Canções Para Embalar Marujos quase como uma continuidade do EP”, compara o artista.
Assim como no EP, o cantor e compositor também optou por gravar todas as músicas ao vivo no novo álbum - trabalho que consumiu apenas dois dias no estúdio. “A música que faço funciona melhor em um take, fica mais espontânea. Tanto que acabo usando sempre o primeiro ou o segundo take. Tem que ter sujeira, senão descaracteriza”, diz, completando que, deste jeito, o som se aproxima mais da energia dos palcos. “Sou um artista de show mais do que de disco. O show é meu carro chefe, é o que me dá prazer. Gosto de reproduzir isso no estúdio, olhando nos olhos dos músicos. Tenho sorte de trabalhar com Adriano Magôo, Emerson Villani, James Müller e Zé Nigro”, elogia.
De cara é possível perceber a influência dos balkan beats no trabalho de Renato Godá, mas também há espaço para a chanson francesa, para o folk e para o jazz. Mas o cantor não deixa de lado suas raízes na hora da inspiração: “A referência brasileira é mais pautada nas letras. Sou quase um alemão no samba, então a grande referência está mais nas letras do que no ritmo. O Brasil é um país de bons letristas. Temos Chico Buarque, Aldir Blanc, Cazuza, Renato Russo”, diz, citando influências.
“Se sou patife não sei/ levo uma vida errante/ entregue a qualquer paixão”, canta Renato Godá em “Como O Mar”, quarta canção de Canções Para Embalar Marujos. Ele diz se inspirar em questões do cotidiano e histórias que já viveu para criar as letras, mas reforça que não são autobiográficas. “Não é um diário, tem uma visão poética, uma fantasia. Há um certo romantismo, uma boemia. Acho bacana poder transitar entre universos distantes, sair de um jantar de intelectuais para um boteco sujo”, exemplifica. O cinema também é uma grande inspiração para Godá – ele se diz fã de Kusturica, Fellini e Coppola – que busca, com as letras, sugerir imagens. “Na verdade tenho mais interesse no cinema. Se não fosse cantor, seria roteirista.”
Canções Para Embalar Marujos tem a participação da cantora francesa Barbara Carlotti na faixa “Chanson D'Amour”. A parceria foi um dos frutos de sua turnê europeia, de onde voltou muito elogiado. “Para minha surpresa, tive uma repercussão ótima na Europa. O EP realmente abriu portas lá. Eles parecem mais interessados em uma música brasileira contemporânea, porque o que chega lá de música brasileira é bossa nova, samba, até funk carioca. Cheguei com uma música não tradicional e teve uma divulgação espontânea incrível”, alegra-se.
Com 13 músicas, entre elas um cover de “Nasci Para Chorar”, versão de Erasmo Carlos gravada por Roberto Carlos, o álbum é o segundo de Godá e o primeiro disco cheio após o lançamento, em 2009, de um EP com oito faixas.
“Na verdade, o EP para mim é o ponto de partida. Quando gravei, era só um registro do repertório, das músicas que mais me interessavam. Fui para o estúdio e gravei sem compromisso. Com o EP encontrei uma linguagem que era a minha cara, a minha música, e veio a vontade de um disco cheio. Vejo Canções Para Embalar Marujos quase como uma continuidade do EP”, compara o artista.
Assim como no EP, o cantor e compositor também optou por gravar todas as músicas ao vivo no novo álbum - trabalho que consumiu apenas dois dias no estúdio. “A música que faço funciona melhor em um take, fica mais espontânea. Tanto que acabo usando sempre o primeiro ou o segundo take. Tem que ter sujeira, senão descaracteriza”, diz, completando que, deste jeito, o som se aproxima mais da energia dos palcos. “Sou um artista de show mais do que de disco. O show é meu carro chefe, é o que me dá prazer. Gosto de reproduzir isso no estúdio, olhando nos olhos dos músicos. Tenho sorte de trabalhar com Adriano Magôo, Emerson Villani, James Müller e Zé Nigro”, elogia.
De cara é possível perceber a influência dos balkan beats no trabalho de Renato Godá, mas também há espaço para a chanson francesa, para o folk e para o jazz. Mas o cantor não deixa de lado suas raízes na hora da inspiração: “A referência brasileira é mais pautada nas letras. Sou quase um alemão no samba, então a grande referência está mais nas letras do que no ritmo. O Brasil é um país de bons letristas. Temos Chico Buarque, Aldir Blanc, Cazuza, Renato Russo”, diz, citando influências.
“Se sou patife não sei/ levo uma vida errante/ entregue a qualquer paixão”, canta Renato Godá em “Como O Mar”, quarta canção de Canções Para Embalar Marujos. Ele diz se inspirar em questões do cotidiano e histórias que já viveu para criar as letras, mas reforça que não são autobiográficas. “Não é um diário, tem uma visão poética, uma fantasia. Há um certo romantismo, uma boemia. Acho bacana poder transitar entre universos distantes, sair de um jantar de intelectuais para um boteco sujo”, exemplifica. O cinema também é uma grande inspiração para Godá – ele se diz fã de Kusturica, Fellini e Coppola – que busca, com as letras, sugerir imagens. “Na verdade tenho mais interesse no cinema. Se não fosse cantor, seria roteirista.”
Canções Para Embalar Marujos tem a participação da cantora francesa Barbara Carlotti na faixa “Chanson D'Amour”. A parceria foi um dos frutos de sua turnê europeia, de onde voltou muito elogiado. “Para minha surpresa, tive uma repercussão ótima na Europa. O EP realmente abriu portas lá. Eles parecem mais interessados em uma música brasileira contemporânea, porque o que chega lá de música brasileira é bossa nova, samba, até funk carioca. Cheguei com uma música não tradicional e teve uma divulgação espontânea incrível”, alegra-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário